por Michel Zaidan Filho. Prof. do departamento de História da UFPE
É com muito pesar e uma imensa tristeza que acolhemos, nesse início de setembro, a notícia do falecimento de Denis Antonio Mendonça Bernardes, militante, professor, historiador e editor do departamento de Serviço Social, da UFPE. Todos nós, que o conhecíamos de muito e muito tempo, sentiremos sua falta. Mas a comunidade dos historiadores sentirá mais ainda, sobretudo por ter sido privada do seu convivio, do seu magistério, da sua filosofia e da sua ciência. Denis foi um estudioso preparado - e muito bem preparado - para se aprofundar nos meandros da nossa história colonial e neo-colonial, tanto quanto nos estudos regionais do NE e da cidade do Recife. Teve grandes mestres dentro e fora da ufpe: Enilda pessoa, José Antonio Gonçalves melo Neto, Frederic Mauro, Pierre Nora e outros.
Denis tinha um talento e uma vocação natos para a pesquisa e o ensino de História. Sua calma, sua discrição, seu saber, sua inegável dedicação à pesquisa de alfarrabios, pergaminhos, documentos antigos, arquivos e bibliotecas, tudo isso fazia dele um herdeiro incotestável dos grandes historiadores de pernambuco,a quem - aliás- dedicou mais de uma exposição ou edição crítica. A Universidade Federal de Pernambuco contraiu uma enorme dívida consigo: permitiu que uma das oligarquias familiares mais atrasadas da UFPE o afastasse do magistério da História, por mero capricho e abuso de autoridade.
Mas o serviço Social o acolheu e ele teve a orportunidade de levar adiante suas pesquisas do doutorado, nos brindando com um grande livro, publicado pela HUCITEC, onde estava também um amigo comum, já falecido, Gildo Brandão Marçal. Lembro a primeira vez que fui vê-lo, em sua casa - em Olinda - para levá-lo a lecionar História Medieval, na Universidade Católica, pelos idos de 1975.
A acolhida amplamente favorável que teve ao convite. D epois, reencontrei-o na Pós-graduação de História, ensiando o que havia de mais moderno na disciplina, inspirado na historiografia francesa. Depois, venho a diáspora e o revi na UFPE, já no depto. de Serviço Social. Desde essa época, Denis foi meu parceiro indefectível em vários seminários, simpósios e mesas redondas. Nunca deixei de prestigi-lo, enquanto estava ativo. Ultimamente estava como editor da rediviva Estudos Universitários. Ainda acalentava a ilusão de convidá-lo para um seminário sobre manifestações operárias e socialistas em PE, foi quando soube que estava com cancer. Tomei um susto. Embora de compleição frágil, Denis trabalhava como um "mouro" e estava em dois Programas de Pós-graduação.
A notícia de sua morte, num fatídico fim de semana, nos pegou desprevenido. mais ainda o seu funeral em Maceió. Fica aqui registrada a homenagem e a despedida que não pude fazer, de corpo presente, a ele. Fica também um legado de cordialid ade, amizade, fidelidade e integridade que nunca será destruído por ninguém.
Denis tinha um talento e uma vocação natos para a pesquisa e o ensino de História. Sua calma, sua discrição, seu saber, sua inegável dedicação à pesquisa de alfarrabios, pergaminhos, documentos antigos, arquivos e bibliotecas, tudo isso fazia dele um herdeiro incotestável dos grandes historiadores de pernambuco,a quem - aliás- dedicou mais de uma exposição ou edição crítica. A Universidade Federal de Pernambuco contraiu uma enorme dívida consigo: permitiu que uma das oligarquias familiares mais atrasadas da UFPE o afastasse do magistério da História, por mero capricho e abuso de autoridade.
Mas o serviço Social o acolheu e ele teve a orportunidade de levar adiante suas pesquisas do doutorado, nos brindando com um grande livro, publicado pela HUCITEC, onde estava também um amigo comum, já falecido, Gildo Brandão Marçal. Lembro a primeira vez que fui vê-lo, em sua casa - em Olinda - para levá-lo a lecionar História Medieval, na Universidade Católica, pelos idos de 1975.
A acolhida amplamente favorável que teve ao convite. D epois, reencontrei-o na Pós-graduação de História, ensiando o que havia de mais moderno na disciplina, inspirado na historiografia francesa. Depois, venho a diáspora e o revi na UFPE, já no depto. de Serviço Social. Desde essa época, Denis foi meu parceiro indefectível em vários seminários, simpósios e mesas redondas. Nunca deixei de prestigi-lo, enquanto estava ativo. Ultimamente estava como editor da rediviva Estudos Universitários. Ainda acalentava a ilusão de convidá-lo para um seminário sobre manifestações operárias e socialistas em PE, foi quando soube que estava com cancer. Tomei um susto. Embora de compleição frágil, Denis trabalhava como um "mouro" e estava em dois Programas de Pós-graduação.
A notícia de sua morte, num fatídico fim de semana, nos pegou desprevenido. mais ainda o seu funeral em Maceió. Fica aqui registrada a homenagem e a despedida que não pude fazer, de corpo presente, a ele. Fica também um legado de cordialid ade, amizade, fidelidade e integridade que nunca será destruído por ninguém.
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