Heitor
Scalambrini Costa
Cidadão
recifense e professor da Universidade Federal de Pernambuco
Diz-se
que um indivíduo é vivaldino quando é muito vivo, bem esperto. É uma pessoa que
pratica a “lei de gerson”, quer levar vantagem em tudo.
Será
esse o conceito que ficará “colado” em um desconhecido, que por ser ungido a
deputado estadual e depois a prefeito da cidade do Recife pelo seu padrinho
político, bem quisto pela população recifense, acabou sendo eleito prefeito do
Recife?
Na
sua biografia disponível, é possível saber que já aos 8 anos começou a ajudar
seu pai, pequeno comerciante no município de Angelim, dono de um mercadinho.
Portanto de origem simples, classe média. Tornou-se engenheiro agrônomo (controvérsias
existem se finalizou ou não o curso) e cursou administração, em universidades
publicas do Recife. Entrou no mundo da política estudantil, e se filiou ao
Partido dos Trabalhadores (PT). Começou então sua vida política partidária com
seu quase eterno padrinho político um ex-prefeito, dono de 2 mandatos
consecutivos. Acabou rompendo esta parceria logo depois de tomar posse em 2008
como prefeito eleito, em um episódio até hoje guardado a sete chaves pelos
próprios personagens deste episódio.
Ao
longo do seu mandato, foi se afastando (foi afastado) dos próceres mandatários
petistas do Estado, chegando a situação de ter seu desejo de se candidatar para
mais um mandato impedido pela cúpula nacional do PT. A partir daí tornou-se um
“traira” do próprio partido que o acolheu. Não apoiou o candidato oficial de
seu partido. Mas debaixo dos panos, apoiou o candidato de outro partido, que ao
vencer as eleições lhe abriu as portas para as tradicionais e manjadas
indicações de nomes para compor o primeiro, segundo, terceiro e quarto escalão.
Uma vez traira, .....
Nestes
quatro anos em que (des)governou a capital pernambucana, marcas profundas
deixou como legado. Desnecessárias aqui mencionar, pois são vistas “a olhos
nus” por toda cidade. Sendo ao meu ver, a mais desastrosa para os moradores da
capital, sua relação promiscua com as empreiteiras. A elas tudo foi permitido,
em detrimento da qualidade de vida das pessoas que habitam Recife. Sua
administração foi desastrosa, não só pelo que podemos ver, ouvir e sentir; mas
também pelo total descompromisso pelo planejamento, por um olhar para o Recife
do amanhã. Obviamente a equipe que montou, seus auxiliares, ajudou muito nesta
tarefa, que soube com maestria executar.
Neste
final de mandato, o balanço feito de seus 4 anos de governo municipal,
divulgado e propagandeado pelos órgão da grande imprensa pernambucana, é um
acinte a inteligência dos homens e mulheres de boa fé desta cidade. O que
grupos econômicos aliados a administração municipal se beneficiaram nestes 4
anos perdidos, infelizmente, somente dentro de alguns anos serão desvendadas
(?). Mas aí, quem sabe o chefe destes desmandos não conseguiu um mandato de
deputado, e poderá assim se safar das acusações que certamente serão feitas a
ele, até talvez, por enriquecimento ilícito.
Infelizmente
o município de Angelim, situado na agreste na região de Garanhuns, a 200 km de Recife, será
lembrado por um filho seu, que foi pela voz do povo, considerado o pior
prefeito que Recife já teve nos últimos 30 anos (pelo menos). Já vai tarde, meu
caro.
Meus agradecimentos ao leitor do Blog,
Pedro Gomes pela inspiração do titulo do artigo.
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